facebroonkas…

ouvi dizer…. que

o Facebook pondera a criação de um botão para mostrar automaticamente quando nos encontramos a utilizar o programa no local de trabalho…

a ser verdade os índices de produtividade vão aumentar…

será isso ou… as ausências por baixa médica !

vidas em “modo rooodízio”…

a quantidade de distractores que “pirilampam” e habitam à nossa volta é incomensurável.

cada vez mais temos menos tempo disponível para o que é real e importante.

e aceleramos para chegar (ainda) ao que não sabemos se é mesmo uma necessidade.

talvez um dia, sabendo-se ter menos tempo do que se pensava ter, se dê mais valor ao |tempo| que temos e se distribua melhor o tempo que resta.

 

por enquanto, como cataventos, vão-se vivendo vidas em “modo rodízio”…

 

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“Os Contemporâneos” tiveram momentos mesmo muito bons. estes são  exemplos disso (e os comentários aos vídeos…?!.

… no contexto até têm alguma piada, mas só mesmo aí.

“vai e sê feliz…”

dentro de dias faria anos uma das pessoas mais importantes na minha existência. à falta de outro conceito para definir algo mais, digo a mim mesmo que foi o “destino” que lhe traçou a curva da estrada – curva que é sempre demasiadamente estreita quando termina ainda a meio. se voltasse a ser pequeno pedia-lhe que aconchegasse as minhas saudades no seu abraço e secasse as minhas lágrimas com o calor do seu sorriso. e ser-lhe-ia tão fácil, pois que tinha ambos sempre prontos e disponíveis… sempre lustrosos e afinados. é a pensar nesse seu sorriso que instantaneamente me sinto recrescido e lhe brindo com o meu. e imagino-a a olhar por/para mim e a dizer-me “vai e sê feliz…”, porque sei que ainda o faz, mesmo agora.

“Só por um momento, na curva da estrada
falas-me de ti, do rumo que tarda
é hora de escolher, e p’ra ti é tudo ou nada

És filha do mundo, com vontade de mudar
……rompes o silêncio, à prova de bala
dás-me a tua voz, que nunca se cala
já não te queixas de mim,
mas nada nasce no fim

Onde está a revolução, eu já não te posso valer
descontas no tempo, um estado de graça
beco com saída, fogo que não passa
amanhã longe daqui,
serei eu que te perdi
Mas tu

Vai e sê feliz
não olhes para trás (deixa lá)
vai e sê feliz

E só + 1 vez, só de 1 vez
vai e sê feliz por mim, sê feliz por ti

Vai e sê feliz
Vai e sê feliz”

“Vai e sê feliz” – Quinta do Bill, letra de João Portela

 

Luso-Loving…

este Sr. MEC escreve muito bem, escreve, pois que escreve…

 

” O Amor em Portugal

Mesmo que Dom Pedro não tenha arrancado e comido o coração do carrasco de Dona Inês, Júlio Dantas continua a ter razão: é realmente diferente o amor em Portugal. Basta pensar no incómodo fonético de dizer «Eu amo-o» ou «Eu amo-a». Em Portugal aqueles que amam preferem dizer que estão apaixonados, o que não é a mesma coisa, ou então embaraçam seriamente os eleitos com as versões estrangeiras: «I love you» ou «Je t’aime». As perguntas «Amas-me?» ou «Será que me amas?» estão vedadas pelo bom gosto, senão pelo bom senso. Por isso diz-se antes «Gostas mesmo de mim?», o que também não é a mesma coisa.

(…)

A confusão do amar com o gostar, do amor com a paixão, e do afecto, tornam muito difícil a condição do amante em Portugal. Impõe-se rapidamente o esclarecimento de todos estes imbróglios. Que bom que seria poder dizer «Estou apaixonado por ela, mas não a amo», ou «já não gosto de ti, embora continue apaixonado» ou «Apresento-te a minha namorada», ou «Ele é tão amável que não se consegue deixar de amá-lo». Estas distinções fazem parte dos divertimentos sérios das outras culturas e, para podermos divertirmo-nos e fazê-las também, é urgente repor o verbo «amar» em circulação, deixar-mo-nos de tretas, e assim aliviar dramaticamente o peso oneroso que hoje recai sobre a desgraçada e malfadada paixão

in ‘A Causa das Coisas’Miguel Esteves Cardoso

(Thanks, MEC)

 

psssiiiiuuuu…

“…

‘cos you just have to know…

THE SWEETEST THING IS YOU BABY,


THE SWEETEST THING THAT I CAN BREATHE… IT’S YOU BABY

…”

 

(pois que estou a ouvir isto em modo “repeat”,

mesmo “non-stop”,

horas a fio…

aos pulos e tudo!

será que alguém vai notar…?!

espero que esse alguém sejas tu Su!

hehe)

– Skunk Anansie rules today Baby ! Ooohh yeeaaah! –

oh Lord…

dá-me paciência! (ou juizinho)

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se vindo eu do ginásio cumprimento um colega com o tronco ligeiramente flectido é dor nas costas, pois certamente.

o que não esperava era do cumprimento da oriental amiga dele, em português de nível mais que aceitável:

“olá você é muito cordial, tem um cumprimento que até parece oriental!”

respondo eu

“annnhhh?! pois, então ‘sayonara’… ou lá que é!”

e vou-me pelo caminho, cabisbaixo, deixando cair linhas de pensamento em “off” para as minhas sapatilhas…

“aiii se tenho mandado alguma graçola… tungas… ainda acabava com as pestanas ajeitadas por um pézito levantado num aconchego marcial! oh vida!”

Laranjinha… tira-me deste filme 😉

riso e choro…

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tenho para mim que, algumas vezes, se me vissem, poderia ter sido confuso distinguir o riso despregado do choro convulsivo. talvez… mas apenas por quem os visse de fora.


é preciso tornar a fechar o abraço muito esperado em torno de alguém que se ama, ou deixar ir um abraço apertado sabendo que será o último, para se perceber a que me refiro. e então se sabe, desde lá de dentro, de onde eles vêm, o riso e o choro.

o riso e o choro, primos e antípodas.

já vivênciei dos dois em doses intensas, daquelas em que se sente desde o formigueiro nos braços ao sabor na boca.

tive o choro asfixiado em lágrimas, mas também o riso velozmente escorregando em lençois de água salgada.

experimentei, em certos momentos, o riso seco e escaldante, noutros o choro árido como o deserto.

tive riso que me libertou e criou ligações duradouras. tive choro quando carecido de alívio mas que não rompeu qualquer amarra.

já fui rejuvenescido pelo riso e já me consumí em choro.

algumas vezes senti dores de tanto rir, noutras senti dor acumulada que de tanta o choro explodiu como uma erupção.

tenho sempre saudades de rir, mas receio e quero longe o choro.

o riso e o choro, esses dois siameses aprisionados no mesmo corpo.

sei que tenho com ambos datas marcadas para reencontros futuros. não me importo. pois que venha o riso para o meu bem-estar, que eu do choro farei uso para me reconstruir, como derradeira catarse.

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